Thursday

eu vim de lá pequenininha

a paz sempre esta lá http://lapazcidadebranca.blogspot.com/2001/12/29.html

Wednesday

Michel (beatles)

Não quero nem mais o que me completa.
Não quero consentimento algum.
Sorriso chinês de filme, lágrimas, cinema francês.
Os morangos já não são tão doces, vermelhos e nem são silvestres.
Os anjos não desejam nada; eles são os desejos. Eles não se podem desejar.
Os peixes com sua calma. O silêncio que é barulho no mar. Morrer no mar deve ser eterno. Perdido.
Perdido para sempre, com outros tantos, dentro do mar azul do mediterraneo.
O calor não pode confortar e o frio, talvez, venha como um sorriso de quando alguem te diz..morreu.
Ninguem comigo agora, talvez pra sempre.
Quero uma declaração de amor informal e muda mas, não quero consentimento algum.

Monday

amarelo manga

NO
SERTÃO
QUANDO
UM
HOMEM
CHORA
OS
OUTROS
ACHAM
BONITO
DIZEM
QUE
É
NOSTALGIA
DE
CHUVA
E
FICAM
OLHANDO
O
HOMEM
CHOVER
COMO
SE
FOSSEM
UM
SERTÃO

A Duração do inferno

Escrever é uma forma de criar estrutura. Minha estrutura é ficcional.
Não tenho nem nunca tive estrutura alguma.
Todas as vezes que contorno o morro da viuva sinto uma (familiar) tristeza (familiar). Sou arremessada para um lugar nenhum, vacuo: Fico fora do ar ou dentro dele até que venta e a sensação se aconchega ainda mais..quente como um abraço antigo. Não decifro, valorizo.
Gosto desta curva, deste contorno e do lugar exato onde fica o retorno.
Se estações são pontos de partida, aonde estou?
Vejo com os mesmos olhos os mesmos lugares e sei que os olhos e os lugares escorrem e passam, são rio. Sempre outros, nunca os mesmos. Parece que começo a perceber qualquer coisa e esta possibilidade me apavora, petrifica. Não planejei mas, criei um lindo botão amarelo que se perpetua em sonho, sempre e sempre. Um sonho sempre esperado, um chip eternamente implantado.

Ele me contou que recebeu a noticia num dia frio, chovendo - graus..Ele chorava com a chuva e tudo era cinza e concreto. Isso explica meu brilho ser fabricado - faísca.

Meu sonho já tem 7 anos e sempre penso no depois.
Não quero me enganar ou me ater ou atentar para que as coisas continuem como são. Não quero que sejam como antes e depois não vou querer continuar errando os mesmos caóticos lugares que existo sempre. Lugares onde existo de muitas formas iguais - Eu mesma de um jeito ou de outro.
O tempo não parou pra mim nem pra ninguem. Já tive a idade que meu pai teve quando existi para ele numa tarde gris e em 30 anos nunca fui tão concreta quanto nestes 30 anos do meu pai. Percebe?

Não encontro o meu lugar. Não aceito e não sou aceita.
Me convidam para sair, sempre.

Não sei costurar, não sei cozinhar e o dinheiro que recebo com o meu trabalho não sustenta sonho algum. É um pesadelo. Aprendi a ter preconceito e preguiça e uma tremenda impaciencia com tudo.
Quero que as pessoas existam e desapareçam de um momento pro outro. Quero que elas persistam, que me procurem e não me encontrem. Quero que se aborreçam e me desculpem. Gosto mesmo muito de retornar. Prefiro o caminho de ir mais do que de chegar..O estranho é que tenho impaciencia e pressa. Penelope - Esperando sem esperar. Determinada - Indo para voltar. Sisifo - Carregando a mesma pedra, para o mesmo lugar.

Reprovar, revoltar, retornar, repetir para aprender a mesma coisa calcificada. Os mesmos passos na mesma calçada. Me impregnei de espera e agora me atraso. Não sou pontual e não pontuo.

Me sinto à margem, transbordo.

Terminais são doentes ou pontos de partida?
Ele teve outro derrame. Pra sempre.

Sunday

mediterraneo

Não quero nem mais o que me completa.
Sorriso chinês de filme, lágrimas, cinema francês.
Os morangos já não são silvestres..e o vento surge como uma brisa de quando alguem vai contar que seu pai morreu. Não quero consentimento algum.